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Novo Depoimento Sobre “O Grande Livro das Pessoas sem Nome”

Leandro Soares publicou no Skoob o mais novo depoimento sobre “O Grande Livro das Pessoas sem Nome”. Obrigado, Leandro!.. Segue abaixo a resenha:

“A primeira coisa bacana é o autor disponibilizar gratuitamente a versão digital. Foi assim que eu fui convidado a lê-lo. Infelizmente, eu demorei a aceitar o convite, somente após um ano de ter recebido o link eu baixei no iPad para ler. O Grande no título é merecido, mas não faz justiça ao livro, ele é mais. Mas vamos a ele. O livro é composto por pequenos contos. Narrativas intensas, às vezes psicodélicas. Elas não têm relação direta umas com as outras, mas é como se estivessem paralelas, tocando-se aqui e ali. As histórias se esbarram, se referenciam – a captura perfeita, em palavras, do deja vu. Um efeito para ser aplaudido. Esse livro foi uma experiência incrível. Então faço o mesmo convite que me foi feito, leiam. Ler o primeiro conto já é suficiente para não querer deixá-lo antes do fim.”

L. Soares

O livro pode ser obtido gratuitamente aqui neste site mesmo, basta acessar http://www.leandromarcolino.com.br/?page_id=8.

Entrevista no “Contos de Duas Doidas”

contosDeDuasDoidasFui entrevistado pelo blog Contos de Duas Doidas. A entrevista está disponível no blog, mas segue também logo abaixo. Se você também gostaria de me entrevistar, entre em contato!

1) A partir de que idade você decidiu que queria escrever livros?

Desde muito cedo, eu devia ter uns 10 anos. Eu sempre adorei ler, e um dia vi na feira do livro da minha escola um aluno vendendo um livro que ele mesmo escreveu. Como este aluno era apenas um ou dois anos mais velho, eu pude me conectar com aquilo, de certa forma, e me passou a sensação de que eu, também, poderia escrever um livro. Assim, escrevi minha primeira história ao longo de um ano, e a vendi na feira do livro seguinte. O livro se chamava: “Os Caça-Vampiros: Uma História Mirabolante”… hehe

2) Se inspirou em alguém? Escritor ou escritora?

Acho que todo escritor que eu leio me afeta de alguma forma, principalmente os que eu admiro. Bem, talvez os que eu não admiro também me afetem, me ensinando como não escrever… hehe Enfim, eu gosto muito de Clarice Lispector, James Joyce, José Saramago… Em geral, gosto de livros que não são óbvios, que inovem em algum sentido, que provoquem o leitor ou o proporcione uma experiência diferente. Enfim, que sejam arte, o que quer que signifique ser arte… hehe

3) Quem leu seus primeiros contos e qual é a sensação de terminar um livro e perceber que dali em diante, muitas pessoas o leriam?

Você quer dizer os primeiros contos de “O Grande Livro das Pessoas sem Nome”? Eu mostrei o primeiro conto para meus pais e amigos próximos. Mas depois disso acabei segurando um pouco, e só mostrei para outras pessoas quando já tinha um rascunho inteiro completo. Recebi comentários dos meus pais, e dos meus amigos do Vale Literário (www.valeliterario.com.br), um grupo de literatura do qual participo.

A sensação de terminar um livro e torná-lo disponível para leitura é um pouco assustadora. É difícil definir quando uma obra está realmente “pronta”, e meu sentimento em relação à qualidade da obra é sempre uma montanha russa… hehe Seria fácil ficar revisando um livro eternamente, e simplesmente nunca publicá-lo. Mas acho que chega um momento em que a gente tem que enfrentar um pouco o medo e deixar a cara à tapa. Até mesmo para ficar “livre” para começar um novo projeto…

4) Qual o seu conto preferido? Por que?

Em “O Grande Livro das Pessoas sem Nome”, o meu conto preferido é o último, “Sociedade”. Reconheço, porém, que ele é um pouco árido, e é o que a maior parte dos leitores não vai gostar. Fiquei um bom tempo até mesmo em um dilema, sem saber se incluía ele no livro ou não. Mas eu simplesmente não conseguia aceitar o livro sem o último conto.

Ele é o meu preferido porque ele é muito diferente do que eu costumo ver. O “Sociedade” está mais para um poema do que para um conto, e é uma espécie de retrato da psique humana, uma espécie de explosão de sentimento. Enfim, não quero falar demais porque a interpretação deve ser livre para cada leitor, mas se você ler o livro vai perceber que o “Sociedade” é, definitivamente, um conto muito diferente dos demais.

5) Demorou quanto tempo pra fazer o livro Vida?

Acho que demorou quase dois anos. A escrita não é minha atividade principal, então é sempre um desafio conseguir arrumar tempo. Estava fazendo graduação em Ciência da Computação na época, e é um curso muito pesado. Mas fui escrevendo, na base de uma hora por dia, e “de repente” o livro estava pronto!.. hehe Espero que isso sirva de exemplo e inspiração para os leitores do blog, acredito que todos nós que temos vontade podemos escrever, é só arrumar um tempinho todos os dias…

6) Qual a mensagem que você quer passar através do livro Vida?

Hmmm… Eu não acredito que uma obra literária deve passar uma mensagem, acho que uma obra deve passar uma pergunta. Cabe ao leitor encontrar a resposta que quiser, ou mesmo não encontrar resposta alguma. Em Vida, acho que a pergunta principal seria “O que é a Vida”?

7) Qual o seu gênero literário favorito?

Meu gênero preferido é a ausência de um gênero, se é que isso é possível… hehe Eu gosto de livros que inovam, que desafiam o leitor, que propõe algo novo, que provocam… Acho que isso é algo que meus escritores preferidos, que listei anteriormente, fazem muito bem.

8) O que você pensa sobre os jovens (brasileiros) que hoje se apegam mais a literatura estrangeira, como por exemplo livros dos autores: John Green, Nicholas Sparks, Rick Riordan e etc. e esquecendo ou nem mesmo conhecendo as nossas grandes obras da literatura portuguesa?

Eu acho ótimo!.. hehe Quero dizer, em um país onde a média anual de leitura gira em torno de um livro, e a maior parte dos jovens só se interessam em ver televisão, jogar video game ou navegar nas redes sociais, os jovens que chegam ao ponto de se *apegarem* a um livro qualquer já estão indo muito bem!.. 🙂 Mas eu pediria a eles para experimentarem um pouco mais, para buscarem coisas novas, diferentes. O Brasil é um país muito rico, o povo brasileiro é muito criativo, e muito talentoso. É uma pena perder esta riqueza toda, ainda mais por terem o privilégio de falar o português brasileiro como língua mãe.

9) Qual dica você gostaria de dar aos jovens que querem começar a escrever livros?

Vou revelar aqui o segredo fundamental da escrita. A dica mais importante, a mais essencial, que afetará profundamente estes jovens. Preste atenção. Se você quer começar a escrever livros, você tem que conhecer esta dica essencial. O grande segredo é: escreva. Sim, escreva. Hoje, agora, neste momento. Há muitos motivos para não escrever. Há muitos medos que desestimulam a escrita. Há muitas razões para adiar. Mas se você quer escrever livros, tem que superar todos os motivos, todos os medos, todas as razões, e começar a escrever hoje. Escreva agora. Escreva todos os dias. Não precisa parar de estudar, não precisa sair do emprego, não precisa terminar com o namorado(a). Basta arrumar um tempinho, um tempinho que seja, todos os dias, e escrever. Não espere a inspiração chegar. Fique parado uma hora olhando para o teclado se for preciso. Mas esteja lá. Esteja lá para escrever, um tempinho todos os dias.

10) Pra finalizar, qual seu livro preferido?

Esta é a pergunta mais difícil desta entrevista… hehe Talvez “Água-Viva”, da Clarice Lispector? Talvez “Retrato de um Artista Quando Jovem”, do James Joyce? Talvez “O Evangelho Segundo Jesus Cristo”, do Saramago?..

Ou talvez… Ou talvez o meu livro preferido não exista. Talvez meu livro preferido seja aquela ideia de livro que tenho em minha mente, o livro ideal que nunca virá a existir, e que eu luto e luto e luto para tentar criá-lo a cada página que escrevo, mas que jamais irei conseguir atingir…

Concurso Clube de Autores de Literatura Contemporânea

Estou participando do Prêmio Clube de Autores de Literatura Contemporânea. A primeira fase do concurso é por votação popular: os leitores escolhem as obras que mais lhes agradam, e dão uma pontuação para a capa e a sinopse. Por favor, vote em minha obra!.. 🙂 Basta acessar o link em: http://premio.clubedeautores.com.br/web/site_premio/votar.php?id=154118. Obrigado!..

Lembrando que o livro está disponível gratuitamente aqui. Se você ainda não o leu, aproveite esta oportunidade!.. 😉

Entrevista no “MilkShake de Palavras”

milkShakeMais uma entrevista foi publicada, desta vez pelo blog “MilkShake de Palavras”. A entrevista está disponível no blog, mas segue também logo abaixo. Se você tem um blog, e também deseja publicar uma entrevista, entre em contato!..

1 – Qual é a sua principal fonte de inspiração?

São várias as fontes de inspiração, e possivelmente muitas das quais eu nem tenho consciência. Mas em geral eu começo com uma pergunta. E meu texto gira em torno desta pergunta, sem necessariamente respondê-la. Por exemplo, o “Vida” surgiu com a pergunta “O que é a Vida?” e “O Grande Livro Das Pessoas Sem Nome” surgiu com a pergunta “Quem sou eu?”. Acho que gosto da ideia da literatura como uma fonte de questionamentos para o leitor, mas sem necessariamente apresentar soluções ou uma resposta qualquer.

Também sou inspirado pelos textos de outros escritores. Acho que todo texto que lemos nos marca de certa forma, e é natural que a nossa produção seja influenciada pelos que mais nos marcaram. Eu adoro escritores como Clarice Lispector, José Saramago, James Joyce… Além de diversas outras influências, que com certeza podem ser reconhecidas no meu livro.

2 – Qual foi o principal foco para a escrita de O Grande Livro Das Pessoas Sem Nome?

A ideia do “O Grande Livro Das Pessoas Sem Nome” é questionar a nossa noção de identidade. Cada conto explora uma diferente faceta de nossa personalidade, em busca de uma resposta impossível para a questão “Quem eu sou?”

3 – Você gosta de escrever desde quando?

Desde o ensino fundamental. Eu escrevi o meu primeiro livro na 4a série, e vendi na Feira do Livro da minha escola. Foi uma experiência transformadora, desde aquele dia tenho iniciado vários projetos. Mas demorou muito tempo até que eu finalmente conseguisse levar um projeto até o fim e terminar mais um livro. O “Vida” surgiu já quando eu estava na faculdade, muitos anos depois da minha primeira experiência.

4 – Qual seu gênero literário favorito?

O gênero de livros que não seguem regras de nenhum gênero (o que é matematicamente impossível… hehe). Em geral gosto de autores que desafiam as regras e inovam de alguma forma. Acho que cada livro é mais do que uma estória, cada livro é um reflexo da visão do escritor do que é literatura, e uma tentativa de concretizar esta visão. Portanto considero que escritores que tem esta visão, mesmo que seja (e talvez tenha que ser) uma visão particular do que é um livro, vão ser capazes de produzir grandes obras ao tentar se aproximar desta visão. Já escritores que simplesmente seguem as regras de um gênero não vão fazer mais do que produzir mais um livro de tal gênero.

5 – Qual a principal mensagem que você quer passar com seus livros?

Como disse antes, eu não acho que a literatura tem que passar uma mensagem. Acho que a literatura tem que passar uma pergunta (se é que a literatura tem que passar alguma coisa!.. hehe). Eu vejo o livro como uma fonte de questionamento e reflexão, mas fica a cargo do leitor encontrar sua própria interpretação e seus próprias respostas (ou mesmo não encontrar resposta nenhuma).

6 – Você sempre recebe depoimentos de seus leitores?

Hmm… Não diria “sempre”, mas tenho recebido depoimentos dos meus leitores. Gostaria de receber mais! 🙂 Recentemente tenho investido mais tempo na divulgação do “O Grande Livro Das Pessoas Sem Nome”, mas acho que ainda não passou tempo suficiente para muitas pessoas terminarem a leitura e me enviarem comentários. Recebi esta semana um comentário excelente de Andressa Amaral (http://www.leandromarcolino.com.br/?p=170). Ela comentou meu livro na forma de um poema, achei bem interessante.

7 – Qual a sua opinião sobre a literatura brasileira na atualidade?

Eu vejo as plataformas digitais como uma grande oportunidade para a literatura brasileira. Infelizmente é muito difícil para o escritor brasileiro publicar seus livros, e as editoras valorizam obras que são cópias de bestsellers internacionais. Acho que no mercado convencional é difícil para um escritor publicar um autêntico livro que reflita sua personalidade/sua visão literária. Enfim, acho que o modelo não valoriza a arte, porque as editores tem que vender muitos exemplares para compensar o investimento, e a única forma de vender um grande número de exemplares é copiar bestsellers. (Não estou dizendo que não há bons livros, estou criticando aqui o modelo convencional, não todas as obras publicadas neste modelo).

Com as plataformas digitais, porém, qualquer um pode publicar um livro diretamente, sem passar pelos filtros das editoras. Tenho visto surgir os mais diversos escritores nos sites de livros digitais. Eu vejo aqui uma grande oportunidade para o desenvolvimento da literatura brasileira. Agora os escritores podem simplesmente escrever o que quiserem, sem se preocupar necessariamente com a rentabilidade de uma obra. Infelizmente, porém, a Amazon por padrão não permite que um livro esteja disponível gratuitamente para o Kindle. Isto é uma grande barreira para os novos escritores, principalmente porque o Kindle é a ferramenta mais popular para a leitura de livros digitais. O mercado brasileiro ainda não está pronto para gastar dinheiro com escritores desconhecidos (nem mesmo R$1,99), e faz uma diferença enorme entre um livro estar disponível de graça ou estar sendo vendido por qualquer valor, não importa quão barato seja.

Uma dica para os novos escritores: para colocar o seu livro de graça para o Kindle, primeiro coloque ele de graça em outra livraria digital, por exemplo a Kobobooks (www.kobobooks.com). Depois envie uma mensagem para a Amazon avisando que o seu livro está disponível de graça em outros lugares, e envie o link do outro local onde o livro está disponível. Pode ser necessário avisar a Amazon americana primeiro, então coloque o livro disponível na Kobobooks americana também (o livro pode estar em português, não quero dizer que é necessário traduzir o livro). Depois que o livro estiver de graça na Amazon americana, contate a Amazon brasileira.

8 – O que você faz no seu tempo vago?

Tempo vago?… Que tempo vago?.. hehe Teoricamente eu escrevo no meu tempo vago!.. 🙂 Mas além de ler e escrever, gosto de jogar Go (http://pt.wikipedia.org/wiki/Go) e esgrima. Também gosto de passear, principalmente nos finais de semana, fazer caminhadas pela mata com minha linda esposa tailandesa.

Confesso que mesmo quando estou passeando levo no meu bolso um pequeno bloquinho de notas. Muitas vezes uso o tempo em que tenho que esperar por alguma coisa para escrever ou anotar alguma ideia. Eu não tenho muito tempo disponível, então é uma ótima forma de aumentar o tempo em que dedico à escrita, além de preservar ideias que de outra forma acabariam sendo esquecidas. Em geral os minicontos que publico em meu site surgiram desta forma.

9 – Quais os planos para o futuro?

Em relação à minha vida ou em relação à escrita? Em relação à minha vida, tenho que terminar meu doutorado e encontrar um emprego!.. Espero me tornar um pesquisador em alguma faculdade por aí…

Em relação à escrita, estou trabalhando no meu terceiro livro. Mas o projeto anda meio parado, porque também estou traduzindo a minha primeira obra, “Vida”, para inglês. Isto é para mim um motivo de conflito, porque o tempo em que gasto na tradução poderia ser melhor investido na produção de uma obra nova. Mas também é importante atingir um grande número de leitores, e ter a obra em inglês ajuda muito neste processo. Por isso este ano resolvi arregaçar as mangas e começar a traduzir.

Pelo menos, tenho trabalhado em paralelo em novos contos, alguns dos quais fazem parte de um projeto literário que estou desenvolvendo com uns amigos meus escritores, incluindo o Armando Alves Neto (www.ospossuidos.com). Em nosso projeto, chamado Vale Literário, cada pessoa propõe um tema-desafio e todos tem que escrever um conto em torno deste tema. É um ótimo exercício, e tem surgido contos bem interessantes. Estamos iniciando agora um site para publicar estes contos, então você já pode encontrar alguns em www.valeliterario.com.br.

10 – Uma mensagem que você gostaria de deixar para os escritores que estão tentando começar a própria obra

Não “tente” começar, simplesmente comece. Abra um editor de texto o mais rápido possível e comece a escrever! 🙂 Há vários desafios que seguram as pessoas e as impedem de começar. Muitos esperam uma inspiração divina, e jamais iniciam nenhuma obra enquanto esta inspiração não vem. Outros querem escrever, mas se perdem em obrigações “mais importantes”, que recebem maior prioridade, e acabam não encontrando tempo para a escrita. Afinal, em geral ninguém pode se dedicar à escrita em tempo integral, todo mundo tem um trabalho, uma obrigação, e algumas vezes o tempo dedicado à escrita pode parecer um tempo “desperdiçado”. Outros tem medo de se expor, de publicar um texto que não é perfeito, de receber críticas negativas.

Não deixe essas coisas te segurarem. Todo escritor tem que lidar com esses conflitos, de uma forma ou de outra, eu mesmo muitas vezes tenho dificuldade em encontrar tempo em meio às minhas obrigações. Mas é importante enfrentar todos esses desafios, não deixar eles te segurarem, e escrever de qualquer forma. A minha dica básica é separar pelo menos uma hora por dia para dedicar à escrita. Mas a dica mais fundamental é: não “tente” iniciar sua obra. Não espere mais. Não importa o que esteja te segurando, simplesmente comece a escrever agora. Agora. Sim, agora. Já começou? 😉

Entrevista no “Um Oceano de Histórias”

Um Oceano de HistóriasEste mês fui entrevistado pelo Blog “Um Oceano de Histórias”. A entrevista está disponível no blog, mas vou reproduzi-la aqui. Se você tem um blog, e quer me entrevistar, entre em contato!

1. Nome completo:

Leandro Soriano Marcolino

2. Idade:

28 anos

3. Quando surgiu a paixão pela escrita?

Primeiro surgiu a paixão pela leitura. Desde criança eu gosto muito de ler. Um dia, ainda no ensino fundamental, minha escola organizou uma Feira do Livro. Nesta feira, vi um aluno vendendo um livro de sua própria autoria. Este aluno era apenas um ou dois anos mais velho do que eu. Isto gerou um insight, a sensação de que se alguém tão real, tão próximo de mim, podia escrever um livro, talvez eu também pudesse fazer o mesmo. Comecei, então, a trabalhar no meu primeiro livro, e o vendi na Feira do Livro do ano seguinte. Foi uma experiência transformadora. Desde então sempre escrevo, mas nunca mais consegui terminar completamente um projeto, até finalmente surgir o romance “Vida”, quando eu já estava na faculdade.

4. O que te inspirou a escrever o livro?

Eu fiz iniciação científica durante a minha graduação. Meu orientador me emprestou um livro relacionado com a minha pesquisa, chamado Swarm Intelligence (por Eberhart & Shi & Kennedy). Este livro é sobre Inteligência Artificial, e o primeiro capítulo discorre sobre questões como: O que é “inteligência”? O que é “vida”? Lembro que os autores mencionam um exemplo supondo um planeta onde os animais são feitos de metal e perguntam se eles seriam considerados como “vivos”. Todas essas indagações me inspiraram a escrever um livro que questione a nossa definição de vida. Foi assim que surgiu o romance “Vida”, meu primeiro livro “oficial” (sem considerar o que eu escrevi quando pequeno).

Já meu segundo livro, “O Grande Livro das Pessoas sem Nome”, não tem uma origem tão clara. A ideia do livro surgiu com o conto “Identidade”, o primeiro livro da obra, sobre uma pessoa que subitamente não é reconhecida por ninguém. Foi após escrever este conto que tive a ideia de escrever o livro. Na verdade, minha intenção inicial era que o “Identidade” fosse um romance inteiro, não apenas um conto. Acho que o transformei em um conto para me exercitar como escritor. Talvez a inspiração para o “Identidade” tenha surgido do livro “O Homem Duplicado”, de José Saramago, que conta a história de uma pessoa que subitamente descobre outra que é uma cópia de si mesma. Talvez à partir daí tenha surgido a ideia de questionar nossa noção de identidade.

Ou talvez não. A origem realmente não é clara. Na verdade, eu escrevi o poema de abertura (e o conto “Desejo”) alguns anos antes do conto “Identidade”, e resolvi adicioná-los no livro depois. Escrevi o poema de abertura após assistir uma peça de teatro, do Festival Internacional do Teatro de Bonecos de Belo Horizonte. Infelizmente não lembro mais o nome da peça, mas cheguei em casa tão inspirado que sentei imediatamente e praticamente vomitei o poema. Acho que foi um dos poemas que escrevi mais rápido até hoje. Portanto, de alguma forma a ideia de escrever sobre identidade já estava dentro de mim, e com o passar dos anos foi se transformando em inspiração para “O Grande Livro das Pessoas sem Nome”.

5. Quais são suas expectativas quanto à isso?

Espero ser lido, e receber críticas e opiniões dos meus leitores. Quando eu publiquei a primeira edição do “Vida”, minha sensação era de que as pessoas só levariam a sério um livro que fosse publicado e vendido de uma forma mais convencional. Mas a primeira edição não vendeu muito, e foi pouco além de amigos, familiares e pessoas conectadas à mim de alguma forma. Ao mesmo tempo, vi as plataformas digitais (como o Kindle, Kobobooks, etc) se tornando cada vez mais comuns.

Por isso, hoje faço esforço para que meus livros estejam disponíveis gratuitamente. Acho que o mais importante agora é atingir o maior número de leitores possíveis, e a Internet é uma ótima ferramenta para isso. Infelizmente, não é fácil ter o livro disponível de graça para o Kindle, a Amazon não tem esta opção por padrão. Foi necessário uma certa insistência até conseguir tornar o livro mais acessível. É impressionante como o número de leitores aumenta drasticamente, quando o preço do livro muda de R$1,99 para R$0,00. Infelizmente, acho que o público brasileiro ainda é muito resistente a gastar dinheiro com livros, principalmente livros de autores nacionais. Pelo menos as plataformas digitais tem permitido o acesso a cada vez mais novos escritores, então espero que o mercado também evolua e acorde para o valor destes escritores.

Poema-Depoimento

Recebi um depoimento muito interessante sobre a obra “O Grande Livro das Pessoas sem Nome”. O comentário veio em forma de poema! Obrigado, Andressa Amaral. Fico feliz que minha obra está inspirando meus leitores. Segue o texto:

“Posso me casar com o seu livro?
Estou lendo-o nesse momento e estou apaixonada.
Há uma certa alegria em ler suas palavras
Há certa depressão em fazer nada

Eu juro que nunca li nada igual
Já devorei Shakespeare e Camões
Mas o seu livro é surreal
É uma pena que eu não o tenho em mãos

Mas agora eu tenho que ir
Tenho que terminar uma viagem única
Com uma linguagem que não sei distinguir
De um homem com uma marrom e surrada túnica”

Dessa (Andressa Amaral)

Leia no Kindle, de graça, “O Grande Livro das Pessoas sem Nome”!

Minha obra “O Grande Livro das Pessoas sem Nome” está agora disponível gratuitamente para Kindle! Aproveite esta oportunidade para ler 14 contos que questionam diversas facetas da nossa identidade. Divulgue para seus amigos! O livro pode ser baixado no site da Amazon brasileira, em http://www.amazon.com.br/gp/product/B00EQC8Y6K/. Caso queira ler em outros formatos, também gratuitamente, acesse aqui.

“O Grande Livro das Pessoas sem Nome” Disponível Gratuitamente

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“O Grande Livro das Pessoas sem Nome” Disponível em Versão Impressa

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